Mas é um equívoco pensar que um buraco negro é um grande aspirador que suga tudo a sua volta. O que acontece é que, por exemplo, se o nosso sol se tornasse um buraco negro, ele deixaria seu tamanho inicial, de 6 milhões de km de raio, passando a ter um raio de apenas 6 km. Mas manteria a sua massa original, mantendo, assim, a sua força gravitacional original. Se antes de a estrela explodir em um buraco negro a gravidade dela não era suficiente para atrair os planetas a seu redor, depois também não seria suficiente para sugá-los. Mas dentro do buraco sim, a gravidade se tornaria imensa.
Mas e se a gravidade de um buraco negro fosse capaz de sugar a Terra, o que aconteceria?
Primeiro, só nos daríamos conta que um buraco negro estaria ao nosso lado, quando os planetas do Sistema Solar começassem a se comportar de forma diferente, apresentando variações em sua órbita.
Quando o nosso planeta se aproximasse do buraco negro, as mudanças geológicas devido às forças das marés seriam tão extremas que toda a superfície ficaria recoberta por magma, destruindo todas as formas de vida do planeta.
Quando a terra fosse finalmente puxada para dentro do buraco, o calor e a pressão de tal evento seriam tão forte que converteria tudo o que foi “engolido” em gás de alta energia, com uma temperatura muito alta.
Mas, infelizmente teríamos evaporado muito antes de sabermos o que tem dentro de um buraco negro, que é o seu verdadeiro mistério.
O tempo é afetado pela gravidade, pois esta curva o espaço-tempo. Devido a força gravitacional, em um buraco negro o tempo passaria tão devagar, que praticamente não existiria. Algo assim, tão inconcebível pode gerar uma realidade tão diferente, ou simplesmente não gerar realidade nenhuma. E, sobre isto, só poderemos usar a imaginação para formular hipóteses.
Contudo, se a terra não passar perto o suficiente de um buraco negro, não seriamos sugados e, mesmo que um buraco negro entrasse em nosso sistema solar, o sol, que é o astro mais maciço de nosso sistema, é que seria sugado primeiro por ele (claro que ainda assim morreríamos). Mas como buracos negros não costumam circular pelo universo, as chances de sermos puxados para dentro de um ou afetados por um são ínfimas.
Fonte: Mini Lua