O combustível de grande parte de nossos automóveis sempre pesa na parcela do orçamento destinado ao transporte. Porém, em tempos de crise na Petrobrás e na política ocorrem vários questionamentos quanto à fórmula de cálculo do preço do produto. Por isso é bom nos informarmos sobre sua composição e outros dados relacionados ao produto.
A gasolina nossa de cada dia é importante para mover a economia e seu preço é fundamental para o cálculo da inflação. Por isso há sempre um grande MMA entre os acionistas da Petrobrás, Governo e consumidores (o governo deveria estar sempre do lado dos consumidores #SQN). Então, para melhorar o debate, seguem importantes informações sobre a gasolina e seu preço.
1 - Qual é o preço da gasolina ? Segundo explica a Agência Nacional do Petróleo - ANP, o mercado é livre e, portanto, o preço também. Por isso, é importante verificar e comparar os preços dos produtos comercializados pelos revendedores. Para facilitar, a ANP disponibiliza a pesquisa.
2 - 27% do preço da gasolina é o Imposto ICMS, um imposto de responsabilidade do Governo Estadual. Quer redução do preço da gasolina? Cobre do seu governador.
3 - 6% referem-se a Impostos Federais, tais como CIDE, PIS e COFINS. Aqui você pode e deve cobrar do Governo Federal.
4 - A gasolina do Brasil está longe de estar entre as mais caras do mundo. Após os recentes reajustes, a gasolina brasileira ocupa a 73ª posição nesse ranking.
5 - Todavia, a gasolina brasileira já esteve entre as 20 mais caras do mundo, em 2002.
6 - No Brasil, o custo do petróleo não chega nem a 20% do preço da gasolina. E mais! Como boa parte dessa commodity é nacional, não depende do preço do barril no mercado internacional. E é justamente por isso que quando o preço do barril subiu, o preço da gasolina brasileira não subiu. Em contrapartida, quando o preço do barril desabou lá fora, o preço do derivado não caiu por aqui. :P
7 - De 1995 a 2002, o preço da gasolina teve reajuste de 350% em 8 anos. Média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, a gasolina foi reajustada em 45%, média de 3.75% ao ano. Ou seja, o reajuste nos últimos 12 anos foi equivalente a média de 1 ano do período anterior.
8 - Em 1994, era possível comprar 127 litros de gasolina com um salário mínimo. 8 anos depois, o poder de compra da gasolina diminuiu e era possível comprar 97 litros do combustível com o salário mínimo. Atualmente, após os reajustes, é possível comprar 220 litros com o mesmo salário mínimo.
9 - A gasolina comercializada no posto é a gasolina C, que é a gasolina A - produzida em refinarias da Petrobrás, a maior produtora, e em formuladores, centrais petroquímicas e refinarias particulares - mais a edição do etanol. Atualmente, o etanol corresponde a 25% da gasolina e esse percentual é variável e definido por lei.
10 - A adição do álcool (etanol) à gasolina remonta aos tempos do programa Proalcool do Governo Federal, que foi um incentivo à produção de álcool no país por conta da segunda crise do petróleo de 1979. Ela cumpre os seguintes papéis:
- Eleva a octanagem da gasolina;
- Reduz a emissão de poluentes;
- Reforça as alterações promovidas nas políticas energéticas do Brasil, seguindo tendências mundiais.
Fonte: Brasil Acadêmico
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